O mercado aguarda a volta da CAIXA, especialmente os gestores que atuam na compra de carteira de crédito podres, um segmento que viveu um 2020 morno em razão da pandemia
A CAIXA pode retomar a venda de créditos inadimplentes. Conforme aponta uma matéria do Valor Econômico, o banco tem sondado gestoras especializadas nesses ativos e pode voltar ao mercado quase cinco anos depois da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que suspendeu a atuação da estatal nesse negócio.
Conforme explica a matéria, ainda não está definido o tamanho da venda. Mas, se ocorrer, deve ser feita em fases e abrangerá principalmente créditos sem garantia e já baixados para prejuízo. Movimentos desse tipo são praxe entre os bancos. As instituições financeiras costumam vender carteiras de varejo antigas e consideradas de difícil recuperação para empresas especializadas.
O mercado aguarda a volta da CAIXA, especialmente os gestores que atuam na compra de carteira de crédito podres, um segmento que viveu um 2020 morno em razão da pandemia. Por causa do contexto econômico, poucas carteiras foram para a rua no ano passado diante dos programas de prorrogação de parcelas adotados pelos bancos e por varejistas.
A projeção de fontes do setor é que, em 2020, tenham sido negociadas carteiras de crédito que somam pouco mais de R$ 20 bilhões de valor de face. Para este ano, é esperado um aumento significativo desse volume com a volta da CAIXA e de outros vendedores tradicionais e com a chegada de novos nomes ao mercado.
Decisão do TCU
Como destaca a matéria do Valor Econômico, as vendas de carteiras da CAIXA foram suspensas de forma cautelar em 2016, quando o TCU apontou indícios de irregularidades numa operação de troca de ativos entre o banco e a Emgea, empresa de créditos podres do governo. Foi só no fim de 2018 que o caso começou a ser resolvido. Na ocasião, o Ministério Público junto ao órgão de controle emitiu parecer afirmando que o banco sanara os problemas que haviam levado à paralisação – primeiro passo para que as cessões voltassem a ser liberadas.
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